Reunião sobre o III Seminário Intolerância Religiosa e Racismo Faz Mal a Saúde

   Na manhã desta quarta-feira (27/06), ocorreu no CIC - Centro de Integração da Cidadania de Francisco Morato, um encontro com dirigentes e representantes religiosos para a discussão sobre o III Seminário Intolerância Religiosa e Racismo Faz Mal a Saúde.
   Esteve presente à mesa, representado por Andréa Peixoto, o Centro Espírita de Umbanda, Carmem Luzia, dirigente do Centro de Umbanda de Cáritas em Francisco Morato, Bispo Nilson Adalberto, da Secretaria dos Pastores de Francisco Morato, Edson Eduardo, representando a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileira e Saúde Núcleo Estado de São Paulo, Vanderlei Victorino do Círculo Palmarino, Silvana Veríssimo, representante do Fórum Nacional das Mulheres Negras e um dos realizadores do evento e conselheiros da Comunidade Negra de Francisco Morato.
   O III Seminário Intolerância Religiosa Preconceito e Racismo Faz Mal A Saúde ocorrerá nos dias 24 e 25 de Agosto no município de Francisco Morato. As inscrições estão aberturas de 02 de Julho a 01 de Agosto e a ficha de inscrição pode ser solicitada e enviada tanto via internet quanto pessoalmente.
   Há aproximadamente sete anos, em 2005, Francisco Morato deu um importante passo no sentido de combater o preconceito e a discriminação racial e social ao criar o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Francisco Morato.
   Com o aparato legal, foi possível: atendimentos para a promoção de ações afirmativas de todos os tipos, encaminhamento jurídico para casos de denúncia de discriminação, realização de palestras informativas sobre da saúde do negro e a promoção da cultura afrodescendente.

   No entanto, há muito trabalho a ser feito, principalmente no sentido de conscientizar a população para que haja conhecimento e compreensão de que o racismo é uma doença social e que implica na religião, no mercado de trabalho, na educação, etc.
   O negro foi historicamente considerado um ser inferior. A escravidão no Brasil, arquetonicamente esquematizada, dividindo civilizações. Desta forma, destruiu e construiu-se uma imagem estereotipada e deturpada sobre este povo e sua rica cultura.
   Sua condição de escravo até chegar a homem livre derrama sangue na história e, apesar dos anos, deixou uma herança maldita. Com base em pesquisas, estudos e noticiários, a violência, analfabetismo, fome, desemprego, natalidade e a mortandade tem endereço, cor, idade e, quando não, e em grande parte, gênero.
   Procurar conhecer a história da formação do país, quanto as inúmeras estratégias para a dominação do povo brasileiro, respeitar as religiões de matrizes africanas, inserir na educação básica a história do negro, desenvolver o orgulho de suas raízes, dos seus traços, características especificas, etc., são alguns dos inúmeros componentes para trilhar um sucesso pessoal, concreto e coletivo.
   Não é tarefa fácil, sabemos, entretanto, é preciso a participação direta, transparecendo que, o dever pela construção e reconstrução de uma sociedade melhor está nas mãos de cada um.

Confira as fotos da reunião.



 Cumpra o seu papel de cidadão e ajude no combate a qualquer tipo de discriminação e preconceito.

 
Tamires Santana
Jornalista e Conselheira da Comunidade Negra de Francisco Morato

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